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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Ainda é você


Eu preciso te encontrar, pra dizer que sinto muito. Pra dizer o quão maravilhoso você é. Que preciso de você. Me conte os seus segredos, por favor não me esconda nada. Me pergunte o que quiser. É uma vergonha a gente se separar assim. Ninguém disse que seria fácil. Mas também ninguém disse que seria tão difícil. 

E se eu disser que ainda são suas as minhas madrugadas? Que ainda são seus os meus beijos e desejos mais íntimos? E se eu disser que você - só você - ainda pode preencher o espaço vazio em minha cama? 

E se eu disser que ainda não consegui encontrar uma noitada que valesse mais que um filme ao seu lado? E que, ainda tento - inutilmente - te encontrar em todos os sorrisos que me aparecem perdidos por ai. 

Que quando a vida arrancou você de mim, meu coração anunciou um luto desesperado e dolorosamente inconsciente. Que a cada dia que passa, vai anestesiando e lentamente se transformando em um tipo dor parcelada.

Agora o que carrego comigo é uma saudade melancólica, que vai me rasgando aos pouquinhos, como que por prazer. Não tem choro, não tem canções de amor. Só um vazio estranho do que foi, do que a gente pensou que fosse e do que ainda poderia ser.. e a gente merecia tanto! 

Isso aqui não é sobre o nosso fim, o nosso amor mal resolvido ou um possível recomeço. É sobre saudade. É sobre ainda querer a sua voz ecoando em meus ouvidos, suas mãos deslizando sobre a minha pele e seu olhar procurando o meu.

É sobre as suas pintas e cicatrizes estranhamente lindas, sobre seu cabelo despenteado, sobre seus olhos miúdos com a profundidade do mar. É sobre o mar, sobre as montanhas que ainda nos falta conhecer. Sobre as músicas que cantamos e dançamos juntos. Sobre piadas que a gente se conta com os olhos. Sobre as noites que dormir de conchinha me  livra de qualquer problema do mundo. Me livra do mundo. Sobre tudo que poderíamos ter vivido ainda e as taças de vinho que ainda não terminamos. É sobre a falta que você faz em cada segundo do meu dia.

Isso é sobre você, como por tantas vezes foi. Indo contra toda força que sempre acreditei ter. Contra todos os medos que ainda tenho. Por mais que eu tente me enganar, por mais que eu insista em acreditar no injusto "não era pra ser", por alguma razão eu ainda acho que é. Ainda é você.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

De volta ao começo

Eu vim pra te encontrar, dizer que sinto muito. Você não sabe o quanto eu te amo. Eu tive que te encontrar, pra dizer que eu preciso de você. Pra dizer que eu escolhi você. 

Então me conte os seus segredos, me faça quantas perguntas quiser. Podemos voltar ao início. Rodando em círculos. Duas cabeças, dois corações, em um silêncio à parte. Me leve de volta ao começo. Onde não saber era o suficiente. 

Pare de pensar em números e figuras. Não rejeite mais meu quebra-cabeça. Nada disso fala tão alto quanto o seu coração. Diga que me ama. Me assombre. Eu preciso ouvir, me de um pouco de certeza. 

E quando eu volto pro começo, volto a ser como éramos. E tudo que construímos vai desaparecendo aos poucos. 

Ninguém disse que seria fácil. É uma pena a gente se separar. E ninguém jamais disse que seria tão difícil assim. Mas estou voltando para o começo.  

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Meu coração bate na boca

Deixa eu falar um pouquinho de mim. Quer dizer, será que é possível me definir de alguma forma? Ok, posso tentar, mas por favor não me leve a sério.
A idade não importa, tendo em vista que a verdadeira pulsa aqui dentro. E eu não sei exatamente qual é. 

Madura demais pra sentir medo mas as vezes imatura demais pra ter coragem. Gosto de doces, amores que abalem as minhas estruturas (se é que eu tenho alguma mesmo), comédias românticas e músicas que toquem a alma. Ah, e do número 9. Queria gostar de café, mas só gosto do cheiro. Não sei cozinhar e minha cama está sempre bagunçada. 

Ariana do pé a cabeça, por mais desafiador que isso possa ser. Gostaria de praticar mais esportes, ou algum pelo menos, mas o que eu gosto mesmo é de um bom livro, uma história de amor, uma boa série de tv e abraços bem apertados. E de viajar! Uma das melhores coisas no mundo, quase por unanimidade. Comigo não é diferente. Mas pra mim, viagem mesmo é de dentro pra fora.

Amo a natureza e a paz que só ela sabe oferecer. Não me prenda em um quarto escuro, eu ocupo muito espaço. Posso ser sufocante, principalmente para mim mesma. 

Acredito em príncipes encantados, mas dispenso a coroa e o cavalo branco. Quanto ao felizes para sempre? Bem, vamos com calma nisso aí.   

Compulsiva, impulsiva. Me irrito fácil e desinteresso atoa. Não penso, faço. Funciono com o coração, que eu deixo livre, mesmo amando tanto. Quanto a razão, bem, ela esqueceu de mim. Ou eu mesma deixei em algum lugar por aí. Um dia encontro, quem sabe. Ando sempre perdendo coisas, ou as espalhando no caminho.

Meus amigos me acham louca e, talvez eu seja mesmo. Mas loucura não é relativo? 
Só guardo coisa boa aqui dentro. Não coleciono inimigos, só sei desejar o bem. As vezes falho, sou humana, quase normal. Não parece, mas a fragilidade fica escondida aqui dentro.

Sou teimosa, ansiosa. Sou bem na minha, minha companhia sempre soube me agradar bem. Sou inteira. Mas quem quiser vir, venha, costumo deixar as portas abertas.  

Acho que a gente se eterniza através das pessoas. E elas simplesmente me fascinam. E me assustam de vez em quando. Gosto mesmo das verdadeiras, por mais estranhas que essas verdades possam parecer. 

As vezes me perco em mim mesma, partes de mim desconheço até hoje. Tento me superar diariamente. Difícil mesmo é saber quem vou ser amanhã. Entendo a importância da beleza, mas cuido mesmo é da que carrego aqui dentro.

Sou inteira, é pegar ou largar. Não me venha com metades, aqui elas não são bem vindas. Não acredito em meio termo, quase amor, pouca saudade. Ou é, ou não é. Vem com tudo e tente me acompanhar! Quer um desafio? Experimente gostar de mim. Surpreenda-me.

Almejo o impossível. Venero o improvável. Tudo que me importa, me importa muito! Me suga, me consome por inteira. Intensidade me define bem. Nada é pouco, quando o mundo é meu. 



Você é a minha exceção

Eu quero alguém que tenha coragem o suficiente pra me amar todos os dias. Que acredite no amor. E que seja louco o suficiente pra isso. 

Quero uma companhia pra domingos cinzentos, filmes românticos e noites sem dormir. Alguém que aceite as minhas maluquices e que até ache graça. 

Quero alguém que ache graça. Graça na vida e até mesmo nos meus erros desastrados. Que seja simples e intenso. Que goste de natureza e arranha-céus. 

Alguém que me faça rir e entender o sentido daquilo tudo. Que dê sentido a isso tudo. Tem que gostar de MPB, vinhos baratos e cama desarrumada. 

Alguém que goste de ler e cozinhar. E que me deixe com saudade as vezes.

Quero alguém que entenda minha TPM, meus medos e ciúmes mais infundados. Que me ache linda mesmo com quilinhos a mais. E quando acabo de acordar.

Que tenha uma casa bem grande. Uma tv gigante e um armário maior ainda.  Com um lago no jardim. E uma rede bem gostosa na varanda. 

E uma cama de casal. Enorme!

Mas se for você, deixa isso pra lá.
Na cama a gente se resolve. E nem precisa ser tão grande assim.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Mais um texto sobre nós

E aqui estou eu, pensando na solidão que a gente sente e no beijo que poderíamos dar agora. Deitada lendo um livro qualquer, nesse sentimento de domingo a noite. Ansiando por sempre mais de você, pensando em como fazer pra deixar de sentir essa tortura em forma de saudade. Imaginando o que você está fazendo agora, onde eu não posso estar presente.

Na distancia do nosso beijo, no medo do nosso silêncio, cabem infinitas palavras. Quem dera essas palavras tivessem o mesmo prazer que tenho ao tocar você. O mesmo sabor, a mesma conexão, o mesmo cheiro, o mesmo fechar de olhos, o mesmo sorriso. Sabe, quando estou ao seu lado, tudo muda em mim. 

Sei lá, não pensa muito no que está sentindo. Estou tentando fazer o mesmo. Nem se deixe levar pelo o que os outros possam dizer. Visto de fora, parece tudo bem louco mesmo. E provavelmente é. Mas o nosso mundo é só nosso, e sabemos ocupar ele inteirinho. 

Então, logo logo estou chegando. Arrume essa bagunça, prepare o coração. Me espera mais um pouquinho. Logo logo a gente esquece das dores, dos mau-humores, dos ciúmes bestas e inseguranças envergonhadas. E quando finalmente pudermos nos sentir, nos lembraremos de quanto a gente vale a pena. 


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O nosso amor é singular

Eu gosto da sua barba mal feita, de como as falhas contornam sua boca. Gosto do seu cabelo mais curto e despenteado. Gosto de quando fala baixinho me arrancando o fôlego, do quanto sua pele esquenta ao encostar na minha. Ou como seus olhos procuram os meus nas horas mais inoportunas. Gosto de como você sorri. Não apenas como sorri pra mim, mas para os seus amigos também. É que as vezes, quando estou de longe, eu paro um pouco pra te olhar. Adoro como o seu mundo é completo e você está tão bem nele. Eu não causo tanto impacto assim, afinal, você não estava me procurando - eu te encontrei no caminho.

Eu queria que soubesse, o quanto eu quero você. Um querer desses que sugam a alma da gente. Mas queria mesmo, que você me amasse tão detalhadamente, quanto eu amo aquela cicatriz do lado esquerdo do seu peito. A covinha nas suas costas e aquele short de caveirinha que só ficaria bem em você. O quanto a nossa sintonia chega a ser assustadora, e como isso é tão perceptível assim. Como temos o nosso próprio ritmo, diferente de todos os outros por aí. De Caetano a Britney Spears, eu só sei dançar se for com você. Culpa de uma intimidade que chegou estranhamente rápida, mas extremamente deliciosa. Onde até as nossas diferenças se entendem. Um encaixe perfeito, como se cada centímetro do meu corpo fosse milimetricamente moldado para que juntos, em uma rede na varanda, eu me sinta completa e absurdamente confortável. Ou em impublicáveis momentos e confissões ao pé do ouvido, que a gente sabe bem. 

Eu queria que entendesse, que a minha vida ficou infinitamente melhor, depois que as nossas loucuras se cruzaram. Que por você bebo inúmeros copos de água entre as taças vinho, que também aprendi a gostar de surf, jiu jitsu e academia. Você me faz gostar mais de mim. A me sentir a vontade com um jeans qualquer e uma camiseta branca. Alias, a me sentir a vontade do jeito que eu quiser. Porque a simplicidade com que a gente se gosta é única e faz toda a diferença.

Se você ainda desconhece, quero que saiba que eu te amo, e desejo a tranquilidade do seu olhar com a mesma intensidade que desejo que a distância que nos separa se acabe logo. Porque no fundo, eu gosto de me encontrar em você. Gosto da facilidade com que aprendemos a nos entender e aceitar e como deixamos que a confiança que foi erguida com essa forte parceria, tome conta de nós. E se ainda não sabia de tudo isso, agora sabe. Então me faz um favor e fica. Por mais um segundo, uma vida inteira. Fica.

Eu gosto do nosso amor - ele é singular. E eu não mudaria nada.



sexta-feira, 31 de julho de 2015

E se quiser mesmo ir

Ainda é cedo amor, e eu entendo. A vida está apenas começando, pra nós dois. De formas sublimes, assim como você, sua partida já me foi anunciada. Mesmo sem saber ao certo qual rumo irá tomar. Meu coração pôde ouvir, bem antes do seu.

Que seja doce, devagar. Assim como foi a sua chegada.Vá me ensinando a te esquecer, ou a me lembrar sem culpa. Troque o perfume, o cheiro que ficou na minha pele. Vá levando tudo aos poucos, leve meus medos com você. Leve, leve o muito do que ainda somos. Me deixa apenas com o egoísmo, de te querer só pra mim.

Embora eu saiba que está decidido, queria te dizer que em cada esquina, você deixa um pouco da sua vida. Em pouco tempo não vai ser mais o que é. Entenda a minha aflição, eu provavelmente também não serei a mesma. Mas quem sabe um dia, possamos nos re-conhecer melhor. 

Apenas tome cuidado, amor, a vida não é bem o que você espera. Sonhos podem ser destruídos, ilusões reduzidas a pó. E de cada amor, restará só o cinismo. Queria poder te mostrar que o que procura não é tão bom ou importante assim e que prazeres momentâneos não alimentam a alma. Mas infelizmente, eu não posso.   

Por fim, amor, por te querer tanto e tão bem, te deixo livre. Mas te peço que, ao seguir seu caminho, não me compare com ninguém. Não busque nela o olhar que eu te dei. Ele, você só encontra em mim. Ele fica. Então, o deixo guardado aqui, caso um dia você retorne.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

A liberdade inventada

Todos andando em linha reta, e ela não consegue entender. Corações batendo no mesmo ritmo acelerado, e o dela ficando pra trás. Como se nada nesse mundo pudesse deixa-los tristes, eles são invencíveis, e ela assistindo ao fundo. 

Deslocada, discorda do mundo. Discorda da vida padronizada e da falta de vida em tudo isso. Sempre teve medo de acabar ali, disse que não aceitaria uma existência qualquer, mas se pega vivendo por viver. Se pega apenas sobrevivendo. Tempo passando, trazendo com ele medos e inseguranças, o tudo parecendo tão pouco, tão insuficiente e insignificante. 

Ela os vê conversando com um sorriso largo, mas eles não fazem ideia do que estão passando. Dirigem carros rápidos, mas nem ao certo sabem por onde andam. Mas sabem onde querem chegar, quase sempre no mesmo lugar.

Ela queria entender melhor, se encaixar melhor em tudo aquilo. Queria a felicidade recreada de uma vida imposta, ou pelo menos acreditar que sabe o que quer. Em um mundo de teatros e fotografias, ela queria mais tato, mais cheiro, mais abraços de verdade. Ela queria mais verdade. Ou pelo menos entender o sentido disso tudo. 

Aquele sentimento de estar no lugar errado, na hora errada. Aquele sentimento de não caber no espaço que lhe foi dado e que de alguma forma, não a pertence de verdade. Aquela culpa por erros jamais cometidos, ou o descaso por erros culpados. A saudade de coisas que não existem. A vida é bonita, a alma é leve, mas não cabe em pequenos espaços.

Como assistir o mundo do lado de fora, do alto, girando como um moinho desinteressado. Mais um dia, mais um café amargo. Queria sair por ai comendo, rezando e amando. Mundo afora, cara, coragem, fé. Mas como? Ela estava sozinha. Ela e sua liberdade inventada. 
     

domingo, 22 de março de 2015

Deixa, vai

Devo estar fora de mim, só pode. Que minhas amigas não me escutem, mas eu quero ele mesmo assim. Quero me atravessar, me olhar do alto, me testar. Ele sabe fazer isso, muito bem. Porque com ele, eu nunca soube, e se tem coisa que gosto é de não saber. Eu quero ele mesmo não querendo querer. Eu quero o sossego, a insegurança. Eu quero a saudade, o medo, a vontade. Será que eu gosto de sofrer? Não é possível, eu, euzinha aqui, sempre tão decidida e segura comigo mesma! Não, sofrer não.. Acho que gosto é de sentir.

Eu sinto, sinto muito. Exalo intensidade e preciso sempre de algo que me mova. Que me mova aqui dentro. Gosto do que me tira do sério, se é que existe alguma seriedade em mim. Gosto de ousar, experimentar, me atrever. Cair, levantar, cair de novo. Gosto de gostar.. ah, como eu adoro gostar! Mas gosto logo, gosto rápido, gosto mudando o gostar. Entende? Não, pois é. 

A verdade é que aprender é muito bom, e a gente aprende assim, sentindo. Aprendizado a gente não engole e manda pra dentro, a gente sente, experimenta, depois abusa. 

Quer saber? Se joga menina, se permita, se sinta! Que se danem as regras da sociedade. Quem disse que a sociedade quer saber de você? Ta afim? Elimina todo o resto. Deixa seu coração vibrar, nem que seja por alguns segundos. Deixa, vai.
     
Ai amigas, me desculpem, tá? O máximo que vai acontecer, é eu aprender mais um pouquinho. Mas prometo continuar dando conselhos sensatos, que eu nunca soube seguir.


quarta-feira, 18 de março de 2015

A Parede

Uma hora a gente acorda, de olhos abertos dessa vez. Abrir os olhos quando estão fechados a muito tempo pode ser doloroso. Um dia desses, abri os meus. A muito tempo esqueci das cores, das flores. Era tudo sentimento, cruel e dominante. Sim, eu que sempre acreditei no amor próprio acima de tudo, me descobri vendada por mãos que a mim nunca pertenceram. 

Quando abri os olhos, foi clarão, nocaute. A venda se foi e, por mais que eu buscasse a escuridão fácil que me escondia calorosamente, estava tudo ali, na minha frente - a luz. Em movimento, me vi atordoada e completamente inútil. Doeu na alma, e no coração. 

O que fazer quando isso acontece e você descobre que a vida seguiu esse tempo todo mas você ficou ali, estagnada em uma solidão a dois? Culpa dele? Não, o meu medo me causou isso tudo. O medo de enxergar de novo, uma vida sem sua presença. O medo de não gostar do que meus olhos podiam ver. O medo da dor, me impossibilitou esse tempo todo de me afastar dos dedos que me impediam de seguir em frente. Culpa não existe, mas sim a falta dela.

Quando re-descobri o rubor das faces, pude observar o que me restringia. Não era seu cheiro, seus olhos de cor indefinida, ou seu sorriso meio torto. Ali, na minha frente, uma parede. Demorei tanto pra chegar ali que, desistir era improvável. Então por ali fiquei, tentando atravessar uma porta sem fechadura. Inutilmente. Mais assustador ainda é descobrir que, não adiantava mais insistir. Dali, eu jamais passaria. 

Isso é o amor, ou quase ele. Por muito tempo me deixei levar por um sentimento que guiava os meus pés sem a minha consciência. Me levava a caminhos que eu desconhecia e pior, não me encontrava em nenhum deles. Eu que sempre me achei capaz de tudo, fui obstruída sem nenhum poder de escolha ou alternativa. 

Não adianta tentar entrar em lugares que não cabem o nosso coração, independente de qual tamanho ele seja. Não adianta tentar amar o que não pode ou sabe ser amado. Se a parede existe, meu amigo, nem ouse tentar pular o muro. Então, se retire. Eu me retirei. Dei ré, cai, levantei e saí andando mesmo que cheia de curativos. As vezes é importante saber recuar, para que possamos enxergar tudo com mais clareza, e nos fortalecer para continuar seguindo em frente. 

Muito triste quem não é capaz de deixar o amor entrar, e esqueceu aquele cimento duro e imaculado por ali mesmo. Aquela muralha que, mesmo protegendo de todo o mal que também pode adentrar, nos impede de sentir o calor dos raios de sol. Sigo de coração aberto. Aqui não, aqui o amor vai ser sempre bem recebido, obrigada. Sente-se, sinta-se em casa. Aceita um café?

Bom mesmo é ser bem vindo. Posso até entrar sem ser convidada, mas que minha presença seja mais que apenas notada.